terça-feira, dezembro 11, 2007

29 anos !!!!

Hoje estou completando  29 anos. O dia está sendo normal, é como se a data estivesse em branco, exceto pelo fato de ter encontrado minha amiga Marilene (minha estrela). Claro que recebi outras ligações também que me deixaram muito feliz !! Só estou triste porque o presente que eu gostaria de ganhar é o "RESPEITO" e a "CONFIANÇA" da minha família. Eles acham que presente material é tudo, mas o maior presente (os que eu citei acima) eles não me deram. Meu pai e minha mãe nem me deram os parabéns, morar sozinha é algum crime, que mereça o desprezo ? Desejo o melhor para mim. Me desejo um Feliz Aniversário !

quarta-feira, novembro 28, 2007

Apenas chorar.

Hoje, vendo um grupo de alunos saindo da escola, lembrei de quando apenas estudava. Eu era a pessoa mais feliz do mundo (apesar de ter repetido de série algumas vezes) porque minha família não tinha a obseção que tem por mim hoje. Eu estou dormindo na minha casa, e hoje para não deixar de fugir a regra minha tia me disse coisas horríveis, que me magoam no fundo da minha alma, as palavras dela são tão crueis que eu nem reconheço mais a mulher que eu quiz colocar no lugar da minha mãe, por achar que ela sim (tia) era merecedora de ser mãe, não a que me gerou para o mundo. Bem, como preciso desabafar posso ser clara aqui e disser que todos na minha casa me acham, uma "prostituta". Pois é, estranho isso não é mesmo ? Tudo isso só porque eu decidi morar sozinha. Eles querem colocar a todo custo a vida deles (família toda) nas minhas mãos e isso não faz sentido algum, pq Deus deu a cada um sua própria vida. Eu prometi a mim mesma anos atrás, que no dia em que eu desse uma casa ao meu pai, eu seguiria minha vida. E foi isso que aconteceu, eu o ajudei a construir sua casa própria, e me sinto orgulhosa disso. E a única coisa que pedi em troca foi "respeito pelas minha decisões", o que claro, não aconteceu. Mas o que mais me deixa indignada é a forma como meu pai trata minhas irmãs que são muito mais novas do que eu (16 e 15), com a maior liberdade, fazendo discursos hipocritas de que, quando elas crescerem cada uma terá que seguir seu rumo, que ele terá orgulho de saber que elas são independentes. Então espera aí, porque não pode ser a mesma coisa comigo ? Não sei mais o que fazer, estou aqui no trabalho com a cara injada de tanto chorar…..

segunda-feira, novembro 26, 2007

Um desabafo.

Eu nunca me senti tão só, quanto tenho me sentido nesses ultimos tempos. Estar cercada por pessoas que, quando vc menciona a palavra "vou dormir na minha casa",  mudam da água para o acído é estranho. Vê-los me olhar como se eu fosse um bicho asqueroso, ver minha tia me tratar pior do que se trata um ser desconhecido é doloroso. Ouvir a palavra sair de casa tão cedo (aos 29 anos) ainda soa estranho aos meus ouvidos. Recebi meu pai na minha casa, mas me senti tão humilhada pela forma como ele conversou comigo, pela forma como ele olhou minha casa, foi dolorido demais. Sou idiota em ter achado que ele sentiria orgulho de mim, por ver que tudo que tenho lá dentro (que não é muita coisa) foi comprada por mim, e que mesmo assim eu não deixo faltar nada dentro de casa para nossa família. Sei que hoje em dia com toda essa violência é preocupante uma mulher estar sozinha, mas não posso parar minha vida esperando que algo de ruim venha acontecer comigo. Eu não menosprezo a violência, fico assustada, claro, mas não posso colocar na minha cabeça que se eu sair para ir a faculdade, para tentar fazer um curso, eu seja obrigada a levar um tiro. Hoje mesmo minha tia já me tratou tão mal, minha mãe também é outra, as vezes me pergunto se saí dela mesmo. Minha tia me mostrou um artigo que saiu em um jornal hoje com o título "Morre menino que mentiu para a mãe e foi para uma boate". Mas espera aí, eu não estou nem mentindo, nem estou indo para uma boate, meus pais sabem onde estou, e eu não fico perambulando pela rua até altas horas da noite, pq eu sei até onde posso ir. Ouvi-los falar mal de mim pelas costas é estranho, porque geralmente vc não imagina que uma pessoa que vc admira muito (que foi o caso do meu pai e da minha tia) vá falar mal de vc. Vc pensa que se tiver algum problema, eles te chamarão para conversar e tudo será esclarecido, não é mesmo, o certo é esse não é ? Estou isolada dentro de mim mesma, porque já não reconheço mais as pessoas que estão a minha volta, acho que não sei mais o que é real e o que é ilusão. Gostaria de dar um grito de liberdade, mas que o mesmo fosse entendido por eles (família), eles fizeram o que eu estou querendo fazer, só que com menas idade do que eu. É desesperador precisar contar com a família, que vc sempre ajudou, virar as costas para vc, é um sofrimento que sinto em silêncio, é uma solidão que vai comendo por dentro… Ser acusada dos males que podem vir a acontecer devido a minha mudança é horrível. Não quero me tornor vitima de mim mesma, me fazendo de "coitadinha", mas tem horas que fica dificil segurar a peteca, fica dificil ver rostos falsos, dormir (durmo na mesma cama que minha tia) com o inimigo. Saber que os outros familiares da sua idade são tão ou até mais dificéis que vc, mas eles são pintados como "os bons" da família e vc como a "má". Mas o pior de tudo é saber que até hoje, eu não fiz nada que fosse em prol de mim mesma. Sei que meu namorado e meu amigo Wallace jamais verão isso, ma quero pedir desculpas a eles por ser tão egoísta, e achar que só a minha família sofre se ficar sem mim, por achar que minha ausência para eles não é tão triste quanto minha ausência na casa dos meus pais. Mas acima de tudo quero agradecer a Deus por ter me dado os dois, por ter  colocado também vários anjos no meu caminho que, mesmo não me conhecendo pessoalmente me reconformantam (jady, eu te amo viu !) com palavras de incentivo. Me desculpem esse desabafo tão grande e tão repetitivo.

Beijos a todos,
Lili.

terça-feira, outubro 30, 2007

Conversando.

Sinto minha alma presa a um corpo, que não deveria ser meu. Minha vontade é de sair pelo mundo afora e conhecer vários lugares, várias culturas, enfim gostaria de ser um andarilho do mundo. O lugar mais longe que eu fui, foi Paraty (que eu amei, claro !), mas minha alma pede por mais. Estou olhando umas imagens do Marrocos pela net, e a vontade é de entrar no computador e estar lá, vendo toda aquela beleza, é tão forte !! Existe muito de mim que não consigo expressar em casa, são poucas as pessoas que conhecem esse meu lado desapegado de coisas materiais, mas totalmente apegado ao mundo e há algumas pessoas que ao meu redor habitam. Uma outra coisa que amo é a leitura. Lembro que, quando li o Código da Vinci me senti como se estivesse vivenciando algumas cenas que lia, era tão engraçado, não conseguia parar de ler, eu li o livro em 5 dias. Depois disso li o livro mais 5 vezes, e sempre sentia uma emoção diferente. Por mim, eu estaria sempre em movimento, indo e vindo de lugares, fazendo novas amizades, tendo novas experiências. Estar sempre presa ao mesmo lugar é ruim, pq vc não consegue adiquirir nada de novo, a vida é sempre a mesma coisa, sem emoção, sem sentido. Uma outra coisa que gosto de fazer para poder relaxar é cozinhar.. Pois é, em momentos calmos sou uma boa cozinheiro (risos). Sabem, sinto que meu tempo de escolhas está acabando, e não sei o que fazer, se fico com a vida que não quero, ou se parto para uma vida nova, para o desconhecido ? Preciso tomar uma decisão, antes que a ampuleta do tempo se esgote. Milhões de beijos a esse povo da net, que sinto tanta saudades.

OBS: já fui a Natal-RN também.

sexta-feira, outubro 26, 2007

Momentos..

Existe um ser que mora dentro de mim como se fosse a casa dele, e é. Trata-se de um cavalo preto e lustoso que apesar de inteiramente selvagem - pois nunca morou antes em ninguém nem jamais lhe puseram rédeas nem sela - apesar de inteiramente selvagem tem por isso mesmo uma doçura primeira de quem não tem medo: come às vezes na minha mão.
Seu focinho é úmido e fresco. Eu beijo o seu focinho. Quando eu morrer, o cavalo preto ficará sem casa e vai sofrer muito.
A menos que ele escolha outra casa e que esta outra casa não tenha medo daquilo que é ao mesmo tempo salvagem e suave.
Aviso que ele não tem nome: basta chamá-lo e se acerta com seu nome.
Ou não se acerta, mas, uma vez chamado com doçura e autoridade, ele vai.
Se ele fareja e sente um corpo-casa é livre, ele trota sem ruídos e ai.
Aviso tambem que nao se deve temer seu relinchar:
A gente se engana e pensa que é a gente mesma que está relinchando de prazer ou de cólera, a gente se assusta com o excesso de doçura do que é isto pela primeira vez.

Clarice Lispector

Um momento

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."

Clarice Lispector

quarta-feira, outubro 24, 2007

Apenas passando.

Dia chuvoso. Muitas mudanças. Me sentindo uma arvóre de cem anos. Problemas para resolver. Uma oportunidade de mudança (essa preciso agarrar). Problemas de saúde. Saudades de alguns amigos. Música. Passando por um momento estranho. Sem tempo para o namorado. Falta de tempo para mim. Valores destorcidos. Uma grande solidão. Por qual caminho seguir ? Vontade de ser mais vaidosa. Um perfume. Um post desconexo.l

quinta-feira, outubro 18, 2007

Voltando das férias.

As férias terminaram, e cá estou eu de volta ao trabalho, a vida tediante de sempre. Nada mudou, apenas surgiram mais dúvidas em relação a minha vida, ao meu modo inútil de viver. Estive doente, uma infecção na gargante horrível, mas que agora Graças a Deus foi controlada…. As férias pareciam mais uma continuação dos meus finais de semana, do que férias propriamente ditas. Fui na minha casa apenas duas vezes, e a saudade dela aumenta a cada dia. Tudo nela tem haver comigo, estar na casa dos meus pais, por mais que seja famíliar me deixa desconfortável, é como se eu estivesse lá como um enfeito fora de moda, no lugar errado. Infelizmente não fiz o curso que tanto queria, o que me deixou muito para baixo, mas preciso correr atrás, não estou satisfeita com o trabalho que venho fazendo aqui, me sinto tão pregada ao chão, como uma árvore centenária, e isso não é bom visto que só tenho apenas 29 anos. Caramba, meu aniversário está prestes a chegar (dezembro) e eu continuo a mesma de sempre. Não sei porque não consigo dar uma definição na minha vida, não sei o que me prende tanto a minha família ? Gostaria que eles pudessem perceber o quanto eu os considero, mas essa dominação em torno de mim, está cada vez mais me afastando deles… Existe uma diferença muito grande da forma como eles me criaram e da forma como criam minhas irmãs… O dia foi parado, chato e mesmo assim cansativo. O que eu mais queria era ir para minha casa, tomar um belo banho, ouvir o cd solo da Paula Toller e não pensar em mais nada……..