terça-feira, outubro 30, 2007

Conversando.

Sinto minha alma presa a um corpo, que não deveria ser meu. Minha vontade é de sair pelo mundo afora e conhecer vários lugares, várias culturas, enfim gostaria de ser um andarilho do mundo. O lugar mais longe que eu fui, foi Paraty (que eu amei, claro !), mas minha alma pede por mais. Estou olhando umas imagens do Marrocos pela net, e a vontade é de entrar no computador e estar lá, vendo toda aquela beleza, é tão forte !! Existe muito de mim que não consigo expressar em casa, são poucas as pessoas que conhecem esse meu lado desapegado de coisas materiais, mas totalmente apegado ao mundo e há algumas pessoas que ao meu redor habitam. Uma outra coisa que amo é a leitura. Lembro que, quando li o Código da Vinci me senti como se estivesse vivenciando algumas cenas que lia, era tão engraçado, não conseguia parar de ler, eu li o livro em 5 dias. Depois disso li o livro mais 5 vezes, e sempre sentia uma emoção diferente. Por mim, eu estaria sempre em movimento, indo e vindo de lugares, fazendo novas amizades, tendo novas experiências. Estar sempre presa ao mesmo lugar é ruim, pq vc não consegue adiquirir nada de novo, a vida é sempre a mesma coisa, sem emoção, sem sentido. Uma outra coisa que gosto de fazer para poder relaxar é cozinhar.. Pois é, em momentos calmos sou uma boa cozinheiro (risos). Sabem, sinto que meu tempo de escolhas está acabando, e não sei o que fazer, se fico com a vida que não quero, ou se parto para uma vida nova, para o desconhecido ? Preciso tomar uma decisão, antes que a ampuleta do tempo se esgote. Milhões de beijos a esse povo da net, que sinto tanta saudades.

OBS: já fui a Natal-RN também.

sexta-feira, outubro 26, 2007

Momentos..

Existe um ser que mora dentro de mim como se fosse a casa dele, e é. Trata-se de um cavalo preto e lustoso que apesar de inteiramente selvagem - pois nunca morou antes em ninguém nem jamais lhe puseram rédeas nem sela - apesar de inteiramente selvagem tem por isso mesmo uma doçura primeira de quem não tem medo: come às vezes na minha mão.
Seu focinho é úmido e fresco. Eu beijo o seu focinho. Quando eu morrer, o cavalo preto ficará sem casa e vai sofrer muito.
A menos que ele escolha outra casa e que esta outra casa não tenha medo daquilo que é ao mesmo tempo salvagem e suave.
Aviso que ele não tem nome: basta chamá-lo e se acerta com seu nome.
Ou não se acerta, mas, uma vez chamado com doçura e autoridade, ele vai.
Se ele fareja e sente um corpo-casa é livre, ele trota sem ruídos e ai.
Aviso tambem que nao se deve temer seu relinchar:
A gente se engana e pensa que é a gente mesma que está relinchando de prazer ou de cólera, a gente se assusta com o excesso de doçura do que é isto pela primeira vez.

Clarice Lispector

Um momento

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."

Clarice Lispector

quarta-feira, outubro 24, 2007

Apenas passando.

Dia chuvoso. Muitas mudanças. Me sentindo uma arvóre de cem anos. Problemas para resolver. Uma oportunidade de mudança (essa preciso agarrar). Problemas de saúde. Saudades de alguns amigos. Música. Passando por um momento estranho. Sem tempo para o namorado. Falta de tempo para mim. Valores destorcidos. Uma grande solidão. Por qual caminho seguir ? Vontade de ser mais vaidosa. Um perfume. Um post desconexo.l

quinta-feira, outubro 18, 2007

Voltando das férias.

As férias terminaram, e cá estou eu de volta ao trabalho, a vida tediante de sempre. Nada mudou, apenas surgiram mais dúvidas em relação a minha vida, ao meu modo inútil de viver. Estive doente, uma infecção na gargante horrível, mas que agora Graças a Deus foi controlada…. As férias pareciam mais uma continuação dos meus finais de semana, do que férias propriamente ditas. Fui na minha casa apenas duas vezes, e a saudade dela aumenta a cada dia. Tudo nela tem haver comigo, estar na casa dos meus pais, por mais que seja famíliar me deixa desconfortável, é como se eu estivesse lá como um enfeito fora de moda, no lugar errado. Infelizmente não fiz o curso que tanto queria, o que me deixou muito para baixo, mas preciso correr atrás, não estou satisfeita com o trabalho que venho fazendo aqui, me sinto tão pregada ao chão, como uma árvore centenária, e isso não é bom visto que só tenho apenas 29 anos. Caramba, meu aniversário está prestes a chegar (dezembro) e eu continuo a mesma de sempre. Não sei porque não consigo dar uma definição na minha vida, não sei o que me prende tanto a minha família ? Gostaria que eles pudessem perceber o quanto eu os considero, mas essa dominação em torno de mim, está cada vez mais me afastando deles… Existe uma diferença muito grande da forma como eles me criaram e da forma como criam minhas irmãs… O dia foi parado, chato e mesmo assim cansativo. O que eu mais queria era ir para minha casa, tomar um belo banho, ouvir o cd solo da Paula Toller e não pensar em mais nada……..