terça-feira, dezembro 12, 2006

Apenas escrevendo.

Se eu pudesse, ficaria quatro dias em Parati, longe de tudo e longe de todos os problemas que me rodeiam. Tô tão cansada, com essa vida dupla que tô levando. São coisas que tenho que fazer e contas para pagar na casa dos meus pais. Tenho que deixar dinheiro para minha casa também. Amor está de férias, e eu sem paciência para ele, hoje até fui um pouco grossa com ele (já pedi desculpas), mas me dá um desconto pq estou estressada demais. Minha tia e minhas irmãs vão viajar, precisamos comprar algumas coisas para a viagem, preciso deixar dinheiro para comprar a ceia de Natal na casa dos meus pais, preciso levar coisas para a casa do meu cunhado (não tenho cara de chegar lá sem nada) e mesmo eles dizendo que não preciso, eu vou levar. Segunda-feira vou buscar as chaves da minha casinha, Amor vai comigo. Se eu pudesse já ficava logo lá, curtindo o meu cantinho.


Definição de liberdade.

Eu sempre disse (talvez não tenha escrito aqui) que liberdade para mim, não seria sair e chegar em casa de madrugada, mas sim poder fazer as coisas que gosto. Amo cinema, amo ler, amo jogar conversa fora (não que eu não faça isso, mas existem milhões de restrições e outras implicações). Mas morando com meus pais e minha tia, essas coisas são complicadas. Sair sozinha com minha única amiga (a Vânia) é um grande sacrilégio, eles sempre acham que temos que fazer tudo juntos, mas isso não é necessário. Cada um precisa curtir sua privacidade, pelo menos algumas vezes. Quando eu era pequena, as coisas eram mais fáceis, eu até achava muito bom estar sempre com a família, mas conforme fui crescendo e adquirindo gostos próprios as coisas começaram a mudar, e a represão foi aumentando. Não odeio minha família, mas preciso da minha liberdade pq estou me tornando uma pessoa de difícil convivência, tudo irrita, nem sempre as coisas estão boas, tudo é sempre feito da mesma forma. As vezes é preciso aloprar um pouco, claro que não vou fazer alguma coisa que vá me prejudicar, mas quero fazer as coisas que gosto. Eles querem me ter em casa como exemplo de “virtude” para minhas irmãs, mas eu não quero servir de modelo para ninguém. Eu quero poder cometer meus erros, cair e me levantar depois, sem ter o medo de que alguém vá me julgar por ter cometido esse erro. Não dá para ser correta 100%, sou um ser humano. Não adianta viver em um lugar, onde o seu modo de pensar não pode ser posto para fora, ou então ser considerada como opinião fora de questão. Eu tenho uma tia, que é a melhor pessoa do mundo, desde que vc faça o que ela quer. Devo muito a ela, mas não posso pagar essa gratidão dando minha vida nas mãos dela. Tudo é errado, se sair sozinha vai morrer, se beijar alguém é pq vai para a cama, e tudo isso me deixa louca de raiva... Eu quero sair, quero ir na rua só com o dinheiro do pastel+caldo de cana, quero ficar com amigos conversando até o dia amanhecer. Existe violência no mundo, existe, mas não posso deixar de viver por causa disso. Não quero que ninguém me leve a mal, não quero que achem que sou um monstro por estar deixando a casa dos meus pai, só quero compreensão, nada mais.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Prabens atrasad...muitas felicidades e tudo, mas tudo de bom nesse mundo para vc. Vc e uma pessoa linda que quero conhecer um dia pessoalmente para de dar um grande e longo abraco. Muitas felicidades

monica cabral

9:40 PM  

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